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A resistência das paredes estruturais armadas de blocos cerâmicos na compressão simples.

A resistência das paredes estruturais armadas de blocos cerâmicos na compressão simples. Comparações de resultados experimentais e teóricos.

A resistência das paredes estruturais armadas de blocos cerâmicos na compressão simples. Comparações de resultados experimentais e teóricos.
A resistência das paredes estruturais armadas de blocos cerâmicos na compressão simples. Comparações de resultados experimentais e teóricos.

“E naquela ordem de idéias vimos que esta marcha da elaboração científica vai dos fatos para a elaboração de uma teoria explicativa. Como se faz isso? Os empiristas geralmente considerados o extremo oposto dos idealistas, entendem que as teorias científicas destinadas a dar conta dos fatos observados resultam direta e imediatamente de tal observação; que se acham como que contidas nos fatos; e procuram por isso interpretar os procedimentos empregados pela ciência, a experimentação em particular, como processos lógicos que se destinam a desvendar as teorias que já se encontram, tais quais, implícitas nos fatos. Criou-se para isso, paralelamente à Lógica clássica, isto é, à silogística ou dedução aristotélica, uma lógica indutiva, cujo precursor é como se sabe o inglês Francis Bacon. Mas nunca foi possível harmonizar essas duas lógicas...” (Caio Prado Júnior, “Dialética do conhecimento”, Tomo I, Editora Brasiliense, São Paulo, 1960).

 

1- Introdução

 

Este trabalho apresenta os resultados de ensaios feitos com paredes não armadas e armadas construídas com blocos cerâmicos estruturais vazados.

 

Os ensaios feitos com paredes não armadas mostraram as relações reais entre as resistências médias dos blocos (fb,m) com a das paredes (fpa,m), e mostraram também  parâmetros de deformação, isto é, o módulo de deformação (Epa) e o coeficiente de Poisson (npa). 

 

Os ensaios feitos com paredes armadas construídas com armaduras verticais e horizontais mostraram o comportamento das paredes na ruptura. As armaduras verticais foram instrumentadas com extensômetros elétricos e os locais correspondentes nas faces das paredes, com bases de extensômetros mecânicos.

 

Os resultados experimentais foram comparados com os resultados calculados por meio de um modelo elástico – baseado somente nas propriedades mecânicas e geométricas dos componentes – que fornece as parcelas de cargas nos blocos, no graute e nas armaduras verticais. O procedimento descrito permite calcular a carga admissível vertical (Padm) nas paredes armadas de blocos cerâmicos. Em conclusão, são feitos alguns comentários sobre o modo de ruptura de paredes não armadas e armadas.

 

2- Características gerais dos componentes e das paredes

 

2.1 - Blocos

 

Os blocos cerâmicos vazados usados têm as características geométricas mostradas na Figura 1. A relação entre a área líquida e a área bruta (Aliq/Abr) é 0,34 e as dimensões principais largura x altura x comprimento são respectivamente 19cm x 19cm x 39cm. A resistência média variou de 15,3 MPa (paredes tipo I e II) a 7,5 MPa (paredes tipo III).

 

2.2 - Argamassa de assentamento

 

A argamassa de assentamento era constituída de cimento, cal e areia e a sua resistência média (fa,m) foi determinada em corpos-de-prova cilíndricos que medem 5 cm x 10 cm; A resistência média nas paredes não armadas é 10 MPa e nas paredes armadas é aproximadamente de  5 MPa.

 

2.3 - Graute

 

A resistência média do graute (fg,m) varia de 3 MPa a um máximo de 14 MPa (nas paredes dos tipos I e II). Neste último caso, a resistência é próxima da resistência dos blocos (fb,m).  Nas paredes do tipo III a resistência média do graute é aproximadamente 12 MPa.

 

2.4 - Armaduras

 

A tensão média de escoamento das armaduras (fy) é 500 MPa. O diâmetro das armaduras nas paredes do tipo I é 9,5 mm. Nas demais paredes esse diâmetro é 12,7 mm. O diâmetro das barras horizontais é 7,9 mm.

 

2.5 - Paredes

 

A altura das paredes (h) é 2,6 m e a largura das paredes é 1,20 m (As não armadas e as paredes do tipo III) e 1,80 m as demais. Todas as paredes foram construídas com taxas de armaduras (rt) variando de 0,14% a 0,41%. Usualmente, paredes armadas têm taxas de armadura igual a 0,20%, segundo Normas norte-americanas, como a do National Concrete Masonry Association (NCMA).

As deformações específicas nas faces dos blocos (eb), foram medidas em ambas as faces das paredes, com extensômetros mecânicos do tipo Tensotast; as deformações específicas nas armaduras (es) foram medidas com  extensômetros elétricos de resistência.

Os ensaios das paredes foram executados seguindo-se as diretrizes da Norma ASTM E 72  “Standard method of conducting strength tests of panels in building construction”. Os componentes das paredes foram ensaiados segundo as Normas brasileiras vigentes.
 

LEIA NA ÍNTEGRA NO SITE DA ANICER (WWW.ANICER.COM.BR), BOTÃO ARTIGOS.

 

 

 

Figura 1 – Bloco cerâmico estrutural vazado

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